Guto e o Vício da Mentira
Guto era um garoto
muito esperto. Sempre soube bem aproveitar as oportunidades que teve na vida.
Estudava muito e ia bem na escola porque sabia como era importante e difícil
para seus pais o sustentarem em um bom colégio.
Adorava matemática e
sonhava em ser engenheiro de grandes construções no futuro. Gostava de sua casa
e ajudava a mantê-la em ordem, apesar de ser muito carente.
Acompanhava desde
pequeno a mãe nos encontros infantis no Centro Espírita.
Agora, que já era mais
crescido, com mais responsabilidades e decisões, não ia mais com tanta
frequência ao Centro, mais ainda aparecia lá “de vez em quando” porque se
sentia bem.
A vida seguia normal,
proporcionando as lições necessárias para Guto.
Uma, em particular, se
tornou inesquecível: ele não era de mentir, mas, naquele dia, para não receber
o castigo em casa, resolveu mentir.
Brigara na escola com
um colega e sabia que, por causa disso não poderia ir na excursão da turma,
marcada para o fim de semana seguinte. Era algo que estava aguardando há muito
tempo.
Não contou nada para
os pais, foi na excursão e, aparentemente, o caso ficou para trás. Mas não foi
bem assim. Olhando as “vantagens”, tomou gosto pela mentira e passou a utilizar
deste infeliz recurso sempre que podia, tirando benefícios nas situações.
Chegou um momento em
que estava “viciado” na falsidade e não conseguia mais parar, porque uma
mentira levava a outra.
Uma noite ele teve um
sonho. Sonhou que era um engenheiro muito famoso e estava recebendo um prêmio
por ter projetado uma grande obra na capital. Estava muito feliz e orgulhoso.
Mas algo aconteceu.
No momento da
premiação, em vez de receber o prêmio, ele foi conduzido à prisão, porque a sua
grande obra havia desmoronado.
Foi descoberto que ele
utilizava materiais de baixa qualidade, baratos e cobrava como se fossem de
luxo; enganara a muitos colegas de profissão para crescer na carreira;
prejudicara a muitos com suas mentiras e falsidades...
No sonho, a caminho da
prisão, ele se lembrara que tudo começara com pequenas mentiras “inocentes” que
ele fazia na infância, e chorou muito.
Apareceu-lhe uma
pessoa que lhe disse: - Não se esqueça que, antes de reencarnar, você prometeu
a si mesmo que jamais se utilizaria da mentira. Veja agora as consequências...
Neste momento ele
acordou extremamente suado e angustiado.
Percebeu que era
“apenas” um sonho. Recordou-se de suas aulas no Centro Espírita onde lhe
falaram que, muitas vezes, o Espírito protetor se comunica conosco através dos
sonhos.
Estava claro para Guto
que este diálogo era um aviso para ele mudar de atitude a partir de agora,
superando o vício da mentira que trazia com ele, de outras reencarnações.
Orou em agradecimento
ao seu Anjo e dormiu mais tranquilo, prometendo jamais se esquecer dos seus
novos propósitos e de retomar os estudos no Grupo Espírita.
Luis Roberto Scholl
Fonte do texto e
imagem: Internet Google.
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