Asserena-te
e vara a desventura
No caminho
de dor, áspero e azedo;
Serenidade –
o lúcido segredo
Em que a
vida se eleva e transfigura.
Tudo cresce
na força da brandura.
A água
desgasta os punhos do rochedo;
Olha a chuva
cantando no arvoredo,
A
transfundir-se em pão, bondosa e pura.
De coração
batido e lodo à face,
Inda que o
fel da injúria te traspasse,
Semeia o bem
que as mágoas alivia...
Mesmo
trazendo o peito por cratera,
Suporta,
ampara e crê, ajuda e espera,
Que amanhã
será sempre novo dia.
Do livro:
Antologia dos Imortais, Médium: Francisco Cândido Xavier – Autor Espiritual: Andradina
América de Andrada e Oliveira.
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