Rabugento e
malcriado,
Esperto como
faísca,
Era um
menino guloso
O nosso Juca
Lambisca.
Toda hora na
despensa,
Pé macio e
mão ligeira,
O maroto
parecia
Um rato na
prateleira.
No instante
das refeições,
Afligindo os
próprios pais,
Ele comia
depressa,
Repetindo: -
Quero mais!
Gritava: -
Quero mais peixe!
Quero mais
leite e mais pão!
Quero mais
sopa no prato,
Mais arroz e
mais feijão!
D. Nicota
falava,
Ao vê-lo
sobre o pudim:
- Meu filho,
escute! Você
Não deve
comer assim.
Mas o Juca respondão
Gritava,
erguendo a colher:
- A senhora
nada sabe;
Eu como
quanto eu quiser.
Na escola,
Juca furtava,
Pastéis,
bananas, pepinos,
Tomando à
força a merenda
Das mãos dos
outros meninos.
A vida do
nosso Juca
Era comer e
comer...
Mas foi
ficando pesado,
E a
barriguinha a crescer...
Gabriela, a
companheira,
Da cozinha e
do quintal,
Falava
triste: - Ah! Meu Juca,
A sua vida
vai mal!
Não valiam
bons conselhos
Do papai ou
da vovó,
Fugia de
todo estudo,
Queria a
panela só...
Espíritos
benfeitores,
No lar em
prece, ao seu lado,
Preveniam
caridosos:
- Meu filho,
tenha cuidado.
Mas, depois
das orações,
O nosso
Juca, sem fé,
Comia restos
de prato
Na terrina
ou na cuité.
A todo
instante aumentava
A grande
comedoria,
Sujava a
cozinha e a copa,
Procurando
papa fria.
Um dia, caiu
doente,
E o doutor
João do Sobrado
Receitou: -
Este garoto
Precisa
comer regrado.
Mas alta
noite ele foge...
E, mais
tarde, a Gabriela
Viu que o
Juca estava morto
Debruçado na
gamela.
Muito triste
o caso dele...
Coitado!
Embora gordinho,
O Juca
morreu cansado
De tanto
comer toucinho.
Médium:
Chico Xavier – Espírito: Casemiro Cunha.
Fonte da imagem: Internet Google.
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