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sábado, 13 de junho de 2015

Almas Dilaceradas

Quando, em dores, na Terra inda vivia,
Caminhando em aspérrimas estradas,
Via presas do pranto e da agonia,
Almas feridas e dilaceradas.

Escutava a miséria que gemia
Dentro da noite de ânsias torturadas,
Treva espessa da senda tão sombria
Das criaturas desesperançadas.

E eu, que era irmã dos grandes sofredores,
Sofria, crendo que tais amargores
Encontrariam termos desejados.

E confiada na crença que tivera,
Cheguei à luz da eterna primavera,
Onde há paz para os pobres desgraçados.


Autor: Auta de Souza

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