Quando, em
dores, na Terra inda vivia,
Caminhando
em aspérrimas estradas,
Via presas
do pranto e da agonia,
Almas
feridas e dilaceradas.
Escutava a
miséria que gemia
Dentro da
noite de ânsias torturadas,
Treva
espessa da senda tão sombria
Das
criaturas desesperançadas.
E eu, que
era irmã dos grandes sofredores,
Sofria,
crendo que tais amargores
Encontrariam
termos desejados.
E confiada
na crença que tivera,
Cheguei à
luz da eterna primavera,
Onde há paz
para os pobres desgraçados.
Autor: Auta
de Souza
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