Todo esse
anseio que tortura o peito,
Estrangulando
a voz exausta e rouca,
Que em cada
canto estruge e em cada boca
Faz o soluço
do ideal desfeito;
Ansiedade
fatal de que se touca
A alma do
homem mau e do perfeito,
Sobe da
Terra pelo espaço eleito,
Numa imensa
espiral, estranha e louca,
Formando a
rede eterna e incompreendida,
Das ilusões,
dos risos, das quimeras,
Das dores e
da lágrima incontida;
Essa
ansiedade é a mão de Deus nas eras,
Sustentando
o fulgor da luz da Vida,
No turbilhão
de todas as esferas!...
Autor: Cruz
e Souza
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