Kiko, um
menino alegre de 10 anos de idade, voltava da Escola pensando na lição de casa:
uma redação sobre a PAZ. Logo ao chegar, abriu o caderno para fazer a lição.
Mas não conseguiu começar, pois se deu conta que não sabia o que era exatamente
a paz, nem onde encontrá-la.
Saiu, então,
a procurar a tal “PAZ". Lembrou-se de um sábio que morava ao pé da
montanha e foi indagar-lhe. Mas o sábio lhe disse apenas:
- Procure
pela PAZ e você a encontrará. Ela não está longe de você.
Kiko subiu a
montanha, imaginando que assim estaria mais perto de Deus, pensando entender as
palavras do sábio. Ao chegar no topo, sentiu uma grande tranquilidade, mas com
certeza não era ali que estava a PAZ. Do alto da montanha ele viu a praia e se
dirigiu até lá.
Ficou a
ouvir o barulho do mar e a sentir o vento em seus cabelos. Pensou um pouco, e
achou que, apesar de agradável, não era bem isso a PAZ que procurava.
Caminhou,
então, em uma floresta, e viu flores, árvores e muitos animais, encantou-se ao
observar a natureza, obra de Deus. Mas logo se sentiu triste e solitário e
decidiu procurar alguém para conversar.
No caminho
de casa encontrou Juca, um senhor muito rico, que tinha muito dinheiro, muitas
propriedades. Kiko perguntou-lhe sobre a PAZ, e logo se lembrou que ele era mal
humorado, parecendo estar sempre de mal com o mundo. Juca apenas lhe disse que
estava muito ocupado, não tinha tempo para bobagens, que não entendia nada de
PAZ.
O garoto
resolveu, então, voltar para sua casa. Kiko tinha uma família muito legal, pais
carinhosos e inteligentes, que estavam ao seu lado em todos os momentos, e uma
irmã pequena de quem ele gostava muito.
Ao chegar em
casa sua mãe estava triste, pois ele havia saído sem avisar e demorou muito
para voltar. Ela mandou ele tomar banho e não deixou jogar bola com seus
amigos.
Kiko ficou
chateado, afinal saiu para descobrir onde morava a tal de “PAZ”, que era o tema
de sua redação.
O domingo
chegou. Era o seu aniversário; ganhou de sua avó um presente que há muito tempo
queria: uma bola de futebol. Ficou super contente, chegou a pensar que estava
descobrindo o que é a PAZ e foi jogá-la com seus amigos. Acabou discutindo com
seu melhor amigo no jogo e achou que o presente tinha lhe trazido bastante
alegria, mas não a tal da “PAZ”.
Na
segunda-feira, ao voltar da escola encontrou muitas pessoas no caminho e
pensou: será que o PAZ não mora no meio do povo? Ficou distraído pensando,
quase se perdeu.
Logo
descobriu que, às vezes, estamos junto de muitas pessoas e mesmo assim nos
sentimos sozinhos.
Chegando em
casa, pegou o seu caderno, sentou-se no jardim e escreveu "A PAZ".
Como não
conseguia sair do título, resolveu refletir sobre sua busca.
A PAZ não
estava na imensidão das montanhas; na calma da praia ou na beleza da natureza.
Também não parecia estar junto aos bens materiais, pois Juca, apesar de rico,
não parecia conhecer a PAZ; não estava nos brinquedos ou no meio do povo, nem
na família, pois discutiu com sua mãe acabou de castigo.
Nestes
momentos começou a lembrar-se de suas aulas de evangelização; dos ensinamentos
de Jesus; lembrou que as evangelizadoras falaram tanto dos dez mandamentos; das
aulas de conduta; da colaboração e respeito na família; da importância do
perdão e da amizade em nossa vida; que a prece pode ser feita em qualquer hora
e qualquer lugar, que não precisamos subir em uma montanha para estar mais
próximos de Deus. Lembrou-se das palavras do sábio: "Procure pela paz e
você a encontrará. Ela não está longe de você." Parecia um enigma...
Pensou... E finalmente descobriu onde morava a PAZ.
Kiko
percebeu que o sábio tinha razão, pois só encontraremos a PAZ através de nossas
atitudes positivas: na família, na escola, no trabalho, no grupo social, no
Centro Espírita, em qualquer lugar onde nos encontrarmos.
O garoto
pegou o lápis e começou sua redação assim:
Procure pela
PAZ e você a encontrará. Ela está dentro de você, pois a PAZ do mundo começa
dentro de cada pessoa.
Fonte do texto: Seara do Mestre – Imagem:
Internet Google.
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