"Mas se alguém não tem cuidado dos seus
e, principalmente dos da sua família, negou a fé..." Paulo. (I Timóteo,
5:8.)
São muitos
assim:
Descarregam
primorosa mensagem nas assembleias, exortando o povo à compaixão; bordam
conceitos e citações, a fim de que a brandura seja lembrada; entretanto, no
instituto doméstico, são carrascos de sorriso na boca.
Traçam
páginas de subido valor, em honra da virtude, comovendo multidões; mas não
gravam a mínima gentileza nos corações que os cercam entre as paredes
familiares.
Promovem
subscrições de auxílio público, em socorro das vítimas de calamidades ocorridas
em outros continentes, transformando-se em titulares da grande benemerência;
contudo, negam simples olhar de carinho ao servidor que lhes pões a mesa.
Incitam a
comunidade aos rasgos de heroísmo econômico, no levantamento de albergues e
hospitais, disputando créditos publicitários em torno do próprio nome;
entretanto, não hesitam exportar, no rumo do asilo, o avô menos feliz que a
provação expôs à caducidade.
Não seremos
nós quem lhes vá censurar semelhante procedimento.
Toda migalha
de amor está registrada na lei, em favor de quem a emite.
Mais vale
fazer bem aos que vivem longe, que não fazer bem algum.
Ajudemos,
sim, ajudemos aos outros, quanto nos seja possível; entretanto, sejamos
igualmente bons para com aqueles que respiram em nosso hálito.
Devedores de
muitos séculos, temos em casa, no trabalho, no caminho, no ideal ou na
parentela, as nossas principais testemunhas de quitação.
Livro:
Palavras de Vida Eterna, lição 107 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
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