Lúcia tomava
um refresco na padaria próxima a sua casa, quando Adelaide, sua amiga de
infância, chegou para cumprimentá-la. Adelaide estava sorridente e, ao abraçar
a amiga, já foi contando o motivo de sua felicidade:
- Lúcia,
fui, hoje pela manhã, na casa de uma senhora que faz orações pelas pessoas e
pedi que rezasse pela minha família e principalmente pelo meu filho que está
passando por um momento delicado. Agora estou me sentindo mais aliviada.
Lúcia
atenciosa respondeu a amiga:
- Sim
Adelaide, fiquei sabendo que seu filho está com um sério problema de saúde.
Desejo-lhe melhoras – e fazendo uma pequena pausa para que formulasse bem o
questionamento, falou – mas por que diz que se sente aliviada?
Adelaide,
como se estivesse óbvia a sua resposta, respondeu à amiga:
- Ora! Como
sei que tem alguém rezando pelo meu filho me sinto mais confortada.
- Ah sim!
Dizem que oração nunca é demais – e sorrindo, Lúcia completou o raciocínio –
todo pensamento positivo em favor de alguém ajuda muito, nós não temos ideia do
quanto. Mas você tem rezado também?
Adelaide,
demonstrando tristeza no olhar e ao mesmo tempo uma decepção consigo mesma,
respondeu:
- Ando
correndo tanto, com problemas diversos, que não tenho tido tempo para me
concentrar nas orações.
Lúcia
novamente tentando proporcionar reflexão à amiga questionou:
- Sim,
entendo, mas para você qual o verdadeiro sentido de uma oração, o que a torna
mais valorosa?
- Não sei,
acho que o sentimento que é colocado nela. – respondeu Adelaide, um pouco
confusa.
- Pois,
então, querida amiga, se o valor está no sentimento, qual é a pessoa mais
apropriada para fazer as orações? É você mesma. Não digo que não há mérito nas
orações da senhora que se propôs caridosamente a rezar pela sua família, pois é
muito importante recorrermos aos amigos para que nos ajudem nos momentos
difíceis, dividimos a carga, se torna menos pesado, porém não podemos esquecer
a nossa parte, Adelaide.
Devido ao
amor que sente pelo seu filho certamente as suas preces serão movidas com mais
intensidade, chegarão mais longe e mais rapidamente. Como falei antes, não
estou desmerecendo as orações dos amigos queridos, elas também proporcionam
alívio, mas quando estamos diretamente ligados às pessoas que queremos ajudar,
possuímos muito mais poder de ajuda, não podemos delegar isso inteiramente a
terceiros. Consegue me entender, querida?
- Sim,
analisando assim tem mais sentido, realmente tenho falhado nesse sentido,
obrigada Lúcia, você como sempre abrindo meus olhos, fornecendo conceitos tão
lógicos que no dia a dia não consigo refletir sozinha. – respondeu Adelaide
muito grata.
"Naquela
noite, e nas que seguiram, Adelaide orou, com muita fé, pelo filho, que com
certeza, foi beneficiado pelas preces da mãe."
Juliana Guzzo
Fonte da imagem: Internet Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário