Sabemos compreender
habitualmente os assaltos morais de inimigos gratuitos, obrigando-nos a
refletir quanto à melhor forma de auxiliá-los para que se renovem construtivamente
em seus pontos de vista, e, em muitos casos, esbravejamos contra o desagrado de
uma criança que a doença incomoda.
Aprendemos a suportar
com serenidade e entendimento, prejuízos enormes da parte de amigos, nos quais
depositávamos confiança e carinho, buscando encontrar modo seguro de ajudá-los
para o resgate preciso e, muitas vezes, condenamos asperamente pequenas despesas
naturais de entes queridos, credores insofismáveis de nosso reconhecimento e ternura.
A tolerância para com
superiores e subalternos, colegas e associados, familiares e amigos íntimos é
realmente o recurso da vida em que se nos erige o metro do burilamento moral.
Isso porque, conquanto
a beneficência se mostre sempre sublime e respeitável, em todas as suas
manifestações e atributos, é sempre muito mais fácil colaborar em campanhas
públicas em auxílio da Humanidade ou prestigiar pessoas com as quais não
estejamos ligados por vínculos de compromisso e obrigação que tolerar com calma
e compreensão, os contratempos mínimos e as diminutas humilhações no ambiente
individual.
Paciência por isso
mesmo, em sua luminosa autenticidade há de ser aprendida, sentida, sofrida,
exercitada e consolidada junto daqueles que nos povoam as áreas do dia-a-dia, se
quisermos esculpi-la por realização imorredoura no mundo da própria alma.
Proclamemos e
ensinemos quanto nos seja possível os méritos da paciência, no entanto, examinemos
as próprias reações da experiência íntima à frente de quantos nos compartilham
a luta cotidiana, na condição de sócios da parentela e do trabalho, do ideal e
das tarefas de cada dia e, perguntemos com sinceridade a nós próprios se
estamos usando de paciência para com eles e para com todos os outros
companheiros da Humanidade, assim como estamos incessantemente tolerados e
amparados pela paciência de Deus.
Livro: Rumo Certo,
lição 41 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem:
Internet Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário