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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O POTE DE BARRO

Um pote de barro, velho e sujo, fora jogado ao chão por ser considerado imprestável.

Já conhecera momentos felizes, fora jovem e bonito, e sua pintura atraía os olhares de admiração de todos.

Passara por mãos respeitáveis e tivera muita utilidade. Mas agora, depois de servir durante muitos anos com lealdade e firmeza, ele fora considerado lixo e atirado ao monturo. Só não se partiu, porque caíra em meio à macia vegetação, que lhe amortecera a queda.

Triste, o velho pote de barro lamentava-se da sua sorte e da ingratidão dos homens. Sentia saudade das mãos amigas que o acariciavam, e a inatividade a que fora relegado lhe doía por dentro.

Logo ele que desejava tanto servir e ser útil!

O tempo passava e ele continuava ali, jogado ao chão.

A chuva o castigava e o vento o enchia de terra. Veio o inverno e ele tiritava de frio sem poder se proteger.

Um dia, trazida pelo vento que soprava forte, uma sementinha caiu sobre seu dorso e, tremendo de frio, suplicou-lhe:

— Oh, meu amigo pote, posso abrigar-me dentro de você? O vento me arrasta e o frio me castiga. Não tenho onde ficar!

Feliz por poder ser útil, o velho pote respondeu gentil:

— Com todo prazer, minha pequena amiga! Entre no meu bojo e fique à vontade.

E a sementinha ali ficou protegida do vento e do frio, quietinha..., quietinha...

Sem ter o que fazer e cansado da vida, o pote adormeceu esperando a estação mudar e o tempo melhorar.

Certo dia acordou ao perceber passos de alguém que se aproximava, e ouviu uma exclamação:

— Mas que lindo pote de barro!

Olhou dos lados para ver sobre quem falavam, mas admirado notou que era a ele que se dirigiam!

Surpreso, só então notou que se transformara num belo vaso de flores!

A sementinha que ele permitira se alojasse em seu interior germinara e, no meio de verdes e brilhantes folhas, lindas flores desabrocharam enchendo-o de perfume e cor.

E o pote sorriu satisfeito da vida e muito orgulhoso da sua nova e útil ocupação.

Também assim acontece conosco na vida, meus amiguinhos. Sempre poderemos ser úteis para alguma coisa. E quando tivermos real desejo de servir e ajudar o nosso próximo, seremos mais felizes porque também seremos auxiliados.

Jesus, que é Nosso Mestre, sempre nos recompensará pelo bem que fizermos aos outros.

Pois não foi ele mesmo que disse: “A cada um segundo suas obras”?

Autor: Célia Xavier Camargo – (Tia Célia) - Livro: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita.

Fonte do texto e imagem: Internet Google.

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