Luizinho era
o caçula dos cincos irmãos de uma família fraterna.
Todos já
trabalhavam menos Luizinho. Quando atingiu a idade de nove anos, também lhe fora
atribuída uma tarefa, pois os pais queriam ensinar-lhe o valor do trabalho.
Quando
Luizinho começou a trabalhar, passou a revelar uma certa insatisfação.
Oh! Que
vida, trabalhar debaixo deste sol.
Se chovia...
Como esta chuva atrapalha o meu serviço.
Quando frio,
resmungava... Estou tiritando de frio.
Luizinho
precisava ver com seus próprios olhos o valor das coisas.
Um dia
sonhou que estava do tamanho de um polegar e dentro de um frasco. Chegou um
garoto, encheu o frasco de água e sabão e começou a fazer bolhas de sabão. Numa
dessas, lá foi Luizinho pelo ar, numa bolha. O vento batia..., batia..., e ele
subia cada vez mais.
O vento o
levou para bem alto, e ele estava admirando o céu azul, quando passa por ele
uma gaivota branquinha que lhe diz:
- Olá
Luizinho! Que está fazendo por aqui?
- Passeando
– respondeu o menino – Mas você me conhece?
Sim, falou a
gaivota. Você é aquele menino resmungão. Resmunga do sol, da chuva do vento, do
frio... Passo sempre por aqui e do alto eu o ouço por causa das vibrações que
circulam na atmosfera.
Bem, até
logo amigo. Preciso trabalhar para levar alimento aos meus filhotes.
Já estava
escurecendo, quando o vento conduziu a bolha sobre um ramo florido. Ali ele
ficou.
Quando
amanheceu, o sol surgia majestoso, dando vida a tudo. Ficou deslumbrado em
presenciar que com a presença do sol, as flores iam se abrindo e exalando um
perfume...
E ele podia
ver de perto! Oh meu Deus! Que maravilha. Estava extasiado quando uma abelha
veio sugar o mel, depois outra e mais outra. E pensou no trabalho dessas
abelhinhas, nesse vai e vem continuo. Algo tocou o seu íntimo e começou a
sentir a grandeza das coisas.
Nisso o
vento bateu no ramo florido, levando a bolha sobre uma plantinha ressequida,
quase sem folhas, sedenta, parecia sem vida, quase morrendo. Uma nuvem escura
se aproximou, o sol desapareceu, e começa a cair os primeiros pingos d’água.
E ele pode
ver como aquela plantinha saciava sua sede. A cada gota, era como um sopro de
vida. Seus raminhos caídos, já se colocavam mais altivos. E observar o próprio
vento que o conduzia, ora mais alto, ora mais baixo e notou que junto ao vento,
muitas sementinhas bailavam, o vento pousou a bolha num capim macio, perto
delas.
Ali Luizinho
ficou. Veio o sol, a chuva, e eis que ele vê desabrochar do solo uma plantinha.
Ela foi crescendo, dando folhas, flores, e surgem os frutos.
De repente,
ouve-se um burburinho. Eram crianças que vinham apanhar os frutos e saboreavam felizes,
graças ao vento, ao sol e a chuva. Nesse instante ele agradeceu a Deus a
grandeza da vida e de tudo que ELE fez por nós.
Luizinho
despertou, guardando no seu coraçãozinho a grandiosidade do ensinamento e
passou a trabalhar feliz.
Maria Helena
Fernandes Leite
Fonte do
texto e imagem: Internet Google.
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