O homem da
Terra, mísero e prescrito,
No máximo de
dor de que há memória,
Vai penetrar
a noite merencória
Do seu
caminho desvairado e aflito.
No mundo, em
toda a parte, ouve-se o grito
Da mentira
em seus dias de vitória!
Ostentação,
miséria, falsa glória
Afrontando
as verdades do Infinito!
Mas ao coro
sinistro das batalhas
Hão de cair
as rígidas muralhas
Que guardam
a ilusão do mundo velho!
E após a
dor, a treva e a derrocada,
O homem
renascerá para a alvorada
Da luz divina
e eterna do Evangelho!
Olavo Bilac
(Soneto
recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, na sede da União Espírita
Mineira, em 6 de agosto de 1939)
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