Num jardim
muito agradável e florido vivia uma lagarta que se sentia sempre muito infeliz.
Na verdade,
ali ela tinha tudo o que precisava.
Passeava
pelas plantas e se alimentava de folhas bem verdinhas e macias, e se abrigava
entre os ramos das árvores.
A lagarta
era muito boa, prestativa e gostava muito de ajudar os outros, mas quem?
Todos a
temiam e fugiam dela exclamando:
- Que bicho
feio!
Os garotos
caçoavam dela e maltratavam a pobrezinha, que corria a esconder-se entre as folhas.
Por isso,
ela vivia muito triste. Possuía um coração terno e amoroso e queria muito ter
amigos, mas não conseguia aproximar-se de ninguém.
Os próprios
bichos a olhavam com desdém, dizendo:
- Vejam que
roupa mais feia!
E a pobre
lagarta ficava cada vez mais triste e sozinha, até que, cansada de tanto ser
maltratada ela não saiu mais de casa.
Não podendo
aproximar-se de ninguém, ainda assim querendo doar algo de si mesma, ela fez a única
coisa que sabia fazer: teceu lindos fios para que alguém pudesse aproveitar
confeccionando belas roupas. Como tinha muito tempo à sua disposição, ela
trabalhou bastante.
Enrolou-se
toda no casulo e ficou quietinha... quietinha...
Estava com
tanto sono! Sentia-se tão cansada...
E a lagarta
dormiu... dormiu... dormiu...
Quando
acordou, sentiu-se diferente, mais leve, mais bem disposta.
Teve vontade
de passear e saiu de casa.
Notou que
todos os que estavam por perto a fitavam com surpresa e admiração.
- O que está
acontecendo? – pensou. Olhou-se e ficou deslumbrada.
Oh!
Maravilha! Era um lindo dia e, sob os raios do sol morno da manhã, ela percebeu
que se transformara em uma linda borboleta de asas coloridas e cintilantes.
Sem poder
conter a emoção do momento, satisfeita da vida e muito, muito feliz, ela bateu
as asas brilhantes e, depois de beijar as perfumadas flores do jardim, voou
para o infinito.
Autora: Tia
Célia.
Fonte do texto e imagem: Internet Google.
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