“Então disse aos seus discípulos: a seara é
realmente grande, mas poucos os ceifeiros.” – Mateus, 9:37.
O
ensinamento aqui não se refere à colheita espiritual dos grandes períodos de
renovação no tempo, mas sim à seara de consolações que o Evangelho envolve a si
mesmo.
Naquela hora
permanecia em torno do Mestre a turba de corações desalentados e errantes que,
segundo a narrativa de Mateus, se assemelhava a rebanho sem pastor. Eram
fisionomias acabrunhadas e olhos súplices em penoso abatimento.
Foi então
que Jesus ergueu o símbolo da seara realmente grande, ladeada, porém de raros
ceifeiros.
É que o
Evangelho permanece no mundo por bendita messe celestial destinada a enriquecer
o espírito humano, entretanto, a percentagem de criaturas dispostas ao trabalho
da ceifa é muito reduzida.
A maioria
aguarda o trigo beneficiado ou o pão completo para a alimentação própria.
Raríssimos
são aqueles que enfrentam os temporais, o rigor do trabalho e as perigosas
surpresas que o esforço de colher reclama do trabalhador devotado e fiel.
Em razão
disto, a multidão dos desesperados e desiludidos continua passando no mundo, em
fila crescente, através dos séculos.
Os abnegados
operários do Cristo prosseguem onerados em virtude de tantos famintos que cercam
a seara, sem a precisa coragem de buscarem por si o alimento da vida eterna. E
esse quadro persistirá na Terra, até que os bons consumidores aprendam a serem
também bons ceifeiros.
Livro: Pão
Nosso, lição 148 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário