Alguns conseguem vê-lO apenas como a
figura histórica, quase mítica, a surgir na Palestina, em meio à subjugação que
Roma impunha.
Outros não vão além do que tê-lO como
um personagem folclórico, próprio para a Sua época, cheia de profetas e
superstições.
Muitos O consideram uma figura
mítica, a ser adorada, quando não aprisionada em templos, pouco tendo a
contribuir com as nossas tarefas comezinhas.
Poucos conseguem entender em
profundidade o significado de Jesus para todos nós.
Espírito puro, nunca antes nem depois
d’Ele, alguém conseguiu cantar as glórias de Deus com tal profundidade e
clareza.
Conhecedor de todos nós, desde há
muito, ofereceu-nos as lições mais apropriadas para a construção de nossa
felicidade e plenitude.
Conjugou o verbo amar nas suas mais
variadas expressões, deixando Seu legado para que, ao longo dos séculos,
pudéssemos interiorizar Seus ensinamentos.
Sua proposta era de tal maneira desafiadora,
que os poderosos e também o populacho, sentiram-se incomodados por Ele, a tal
ponto que O preferiram crucificar.
E, ainda hoje, Ele se mostra
desafiador.
Quantos de nós temos coragem de viver
sua mensagem nos dias que vivemos?
Embora nos afirme que a Terra está
destinada aos mansos, insistimos em ser violentos.
Se bem-aventurados são os que têm
sede e fome de justiça, preferimos, não raro, fazer justiça com as próprias
mãos, em mecanismos de vingança que articulamos aqui e ali.
E embora a Sua promessa de felicidade
seja para os pacificadores, ainda somos daqueles a fomentar discórdia e
empreender batalhas diárias contra nosso próximo.
Fácil é de se perceber que ainda
temos muito pouco do Cristo em nossa intimidade.
Dizemo-nos cristãos, mas pouco d’Ele
e da Sua mensagem expressamos em nosso falar e agir.
Para muitos de nós o Cristo ainda é
figura a se viver nos ritos, cultos e aparências externas.
Tal qual faziam os que viviam a Seu
tempo, quando buscavam cultuar a Deus.
Ele, porém, nos convida a vivê-lO na
essência.
Alerta-nos para não sermos sepulcros,
caiados por fora e cheios de podridão por dentro.
Nunca o mundo precisou tanto de Jesus
como nos dias de hoje.
Por não seguir Suas lições, trazemos
a alma em desalinho, com dificuldades múltiplas.
Vivemos ansiosos, porque não
cultivamos a fé como Ele nos ensinou.
Somos violentos, porque não
aprendemos a nos pacificarmos com Ele.
Somos egoístas porque não nos
dispusemos a amar o próximo e até mesmo o inimigo, como Ele nos convida.
E somos orgulhosos porque dispensamos
as lições da humildade que Ele nos exemplificou.
Assim, nestes dias tumultuosos que
enfrentamos, busquemos novamente Jesus.
Não mais a figura crucificada,
distante, envolta nos ritos e tradições que não nos preenchem a alma.
Busquemos o Bom Pastor, que está
sempre pronto a nos amparar, nós, as ovelhas de seu rebanho.
Fonte do texto: Momento Espírita – Imagem: Internet Google.
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