Numa linda
manhã de primavera, Joãozinho e sua mãe estavam sentados na varanda, ao lado da
janela aberta para o jardim.
Enquanto a
mãe costurava, Joãozinho folheava um livro de gravuras. De repente, mamãe,
olhando para o céu, exclamou:
- Olhe,
Joãozinho, veja como está lindo o céu! As nuvens parecem lírios brancos num
imenso lago azul!
- Está lindo
mesmo! – disse Joãozinho – mas acho que as nuvens parecem barquinhos de velas
brancas. Veja aquelas, mãe, tão longe, tão pequeninas... Não parecem carneirinhos?
Dona Laura
sorriu ante as comparações do filho. E, concordando com ele, acrescentou:
- Repare
como o vento faz com que elas movimentem.
- E que o
vento é o pastor das ovelhinhas do céu, mãe! – concluiu o menino.
Dona Laura
achou interessante a conclusão de Joãozinho e, muito entusiasmada, convidou:
- Ouça –
disse mamãe, de repente – ouça como canta o passarinho.
O esperto
garoto respondeu:
- É um
Bem-te-vi, mãe. Repare como ele diz: bem-te-vi! Engraçado!
Como pode ser
assim tão igual?
E os dois
ficaram ouvindo o Bem-te-vi, cantar.
- Parece tão
alegre! – comentou Joãozinho – Com certeza ele gosta do nosso jardim.
Mamãe sorriu
novamente, com as apreciações de Joãozinho. E, para não ficar atrás, acrescentou,
brejeira:
- O sol
parece também muito alegre. Vamos ver quantas coisas alegres podemos encontrar
neste dia tão lindo que Deus criou para nós.
E apontando
os canteiros cheinhos de flores, perguntou:
- Quantas cores
você pode contar ali, meu filho?
- Roxo,
amarelo, azul, laranja... Quatro mamãe.
Dona Laura
reclamou:
- Falta
ainda uma: o vermelho. Olhe aquela rosa do outro lado. Não parece sorrir?
Quantas coisas lindas estamos encontrando! Coisa que Deus criou.
Joãozinho,
enumerou em seguida:
- Nuvens brancas,
céu azul, o canto dos pássaros, flores coloridas e perfumadas...
- E o sol,
as arvores, a grama verde – acrescentou mamãe – Na verdade, Deus tem feito coisas
lindas para nós!
- Como Deus
é bom, mamãe! – exclamou de repente o menino – Mas como é Deus? ... Eu nunca vi
Deus! Naquele momento, um vento suave começou a soprar no jardim. Dona Laura
perguntou:
- Sentes o
vento, meu filho?
- Ora!
Sinto, mamãe!
- Podes vê-lo?
- Não! –
respondeu ele um pouco surpreso. – Nem eu, nem ninguém pode ver o vento.
Mamãe sorriu
e continuou, com os olhos alegres.
- Mas você
nota o que o vento faz?
- Claro! ...
Ele balança as flores e as folhas, está em todos os lugares, e passa por nós com
um arzinho tão gostoso.
Dona Laura
achou graça e continuou:
- Você tem cada
ideia... Mas é isso mesmo. Não podemos ver o vento, mas sabemos que ele está em
toda parte e sentimos sempre a sua presença, logo...
Mamãe não completou
a frase, pois, Joãozinho, muito esperto, disse depressa:
- Já sei! Já
adivinhei tudo. A gente não vê Deus, não sabe como é ..., mas a gente sabe que
Ele é bom, que está em toda parte e que fez todas as coisas lindas que vemos
hoje.
- Não só as
que vemos hoje, mas muitas outras nos falam do amor e da proteção de Deus. –
acrescentou Dona Laura, toda comovida.
E Joãozinho,
todo importante, concluiu:
- Ora, nós
não precisamos ver Deus, para sabermos que Ele nos ama muito, muito, não é
mamãe?
Foi então
que alguém gritou, da janela da varanda.
- Bravos!
Bravos! ... Você é mesmo um pequeno sabichão!
- Papai! -
Gritou Joãozinho correndo – Papai já chegou!
E muito
alegre, entrou em casa para abraçar o pai.
Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação
e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.
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