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segunda-feira, 16 de julho de 2018

As respostas de Joãozinho


Numa linda manhã de primavera, Joãozinho e sua mãe estavam sentados na varanda, ao lado da janela aberta para o jardim.

Enquanto a mãe costurava, Joãozinho folheava um livro de gravuras. De repente, mamãe, olhando para o céu, exclamou:

- Olhe, Joãozinho, veja como está lindo o céu! As nuvens parecem lírios brancos num imenso lago azul!

- Está lindo mesmo! – disse Joãozinho – mas acho que as nuvens parecem barquinhos de velas brancas. Veja aquelas, mãe, tão longe, tão pequeninas... Não parecem carneirinhos?

Dona Laura sorriu ante as comparações do filho. E, concordando com ele, acrescentou:

- Repare como o vento faz com que elas movimentem.

- E que o vento é o pastor das ovelhinhas do céu, mãe! – concluiu o menino.

Dona Laura achou interessante a conclusão de Joãozinho e, muito entusiasmada, convidou:

- Ouça – disse mamãe, de repente – ouça como canta o passarinho.

O esperto garoto respondeu:

- É um Bem-te-vi, mãe. Repare como ele diz: bem-te-vi! Engraçado!

Como pode ser assim tão igual?

E os dois ficaram ouvindo o Bem-te-vi, cantar.

- Parece tão alegre! – comentou Joãozinho – Com certeza ele gosta do nosso jardim.

Mamãe sorriu novamente, com as apreciações de Joãozinho. E, para não ficar atrás, acrescentou, brejeira:

- O sol parece também muito alegre. Vamos ver quantas coisas alegres podemos encontrar neste dia tão lindo que Deus criou para nós.

E apontando os canteiros cheinhos de flores, perguntou:
- Quantas cores você pode contar ali, meu filho?

- Roxo, amarelo, azul, laranja... Quatro mamãe.

Dona Laura reclamou:

- Falta ainda uma: o vermelho. Olhe aquela rosa do outro lado. Não parece sorrir? Quantas coisas lindas estamos encontrando! Coisa que Deus criou.

Joãozinho, enumerou em seguida:

- Nuvens brancas, céu azul, o canto dos pássaros, flores coloridas e perfumadas...

- E o sol, as arvores, a grama verde – acrescentou mamãe – Na verdade, Deus tem feito coisas lindas para nós!

- Como Deus é bom, mamãe! – exclamou de repente o menino – Mas como é Deus? ... Eu nunca vi Deus! Naquele momento, um vento suave começou a soprar no jardim. Dona Laura perguntou:

- Sentes o vento, meu filho?

- Ora! Sinto, mamãe!

- Podes vê-lo?

- Não! – respondeu ele um pouco surpreso. – Nem eu, nem ninguém pode ver o vento.

Mamãe sorriu e continuou, com os olhos alegres.

- Mas você nota o que o vento faz?

- Claro! ... Ele balança as flores e as folhas, está em todos os lugares, e passa por nós com um arzinho tão gostoso.

Dona Laura achou graça e continuou:

- Você tem cada ideia... Mas é isso mesmo. Não podemos ver o vento, mas sabemos que ele está em toda parte e sentimos sempre a sua presença, logo...

Mamãe não completou a frase, pois, Joãozinho, muito esperto, disse depressa:

- Já sei! Já adivinhei tudo. A gente não vê Deus, não sabe como é ..., mas a gente sabe que Ele é bom, que está em toda parte e que fez todas as coisas lindas que vemos hoje.

- Não só as que vemos hoje, mas muitas outras nos falam do amor e da proteção de Deus. – acrescentou Dona Laura, toda comovida.

E Joãozinho, todo importante, concluiu:

- Ora, nós não precisamos ver Deus, para sabermos que Ele nos ama muito, muito, não é mamãe?

Foi então que alguém gritou, da janela da varanda.

- Bravos! Bravos! ... Você é mesmo um pequeno sabichão!

- Papai! - Gritou Joãozinho correndo – Papai já chegou!

E muito alegre, entrou em casa para abraçar o pai.

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

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