Era uma vez
um menino chamado Alfredo.
Ele era muito
legal, e fazia o que toda criança de sua idade – oito anos – costuma fazer: ia
à escola, brincava, praticava esporte... Só que ele tinha uma característica
especial...
Qual será?
Vocês sabem? Nãããoo?? Vamos ver?!
Alfredo não
enxergava, ele nasceu com deficiência visual.
Alfredo
estudava em uma escola destinada a deficientes visuais e, entre todas as matérias
ali ensinadas, a música era a de que mais gostava.
Rita, a sua
professora, tinha um carinho especial por Alfredo, achando-o uma criança muito
alegre e esforçada.
Um dia, no
intervalo de aulas, Rita estava no pátio, ouvindo um CD que ganhara de presente
e, como Alfredo se aproximava, ela o chamou para ouvirem juntos as músicas que
eram bastante alegres.
O CD que
Rita ouvia era com músicas espíritas e a música que Rita estava ouvindo
chamava-se “Sempre Viver”.
Alfredo
adorou a música e chegou a cantarolar um pedacinho, mas, como ele não era
espírita, ficou sem entender direito a letra.
- Puxa,
Rita, que música legal! A gente aprende num instante! Só que eu não entendi
muito bem esse negócio de viver de lá pra cá, de cá pra lá...
A
professora, que era espírita, viu que aquele momento poderia ser muito importante
para Alfredo, se ela lhe desse algumas informações que o Espiritismo nos fornece
a respeito da vida, da eternidade, do Espírito, do nosso objetivo na Terra... E
falou a ele, com muito carinho:
- Alfredo,
esta música fala sobre reencarnação, que é um ensinamento de Jesus e também da
Doutrina Espírita. Nós fomos criados por Deus para sermos perfeitos, e como em
uma só vida não dá pra aprender tudo, a gente nasce várias vezes!
A cabeça de
Alfredo fervilhou de curiosidade! Ele já ouvira falar em Espiritismo, tinha até
um tio que frequentava um Centro Espírita.
Interessado
que ficou, fez uma porção de perguntas para a professora...
- O Espírito
é criado por Deus na hora do nascimento da criança? Que acontece com o Espírito
quando o corpo morre? Por que, quando a gente reencarna, fica um corpo
diferente do que a gente tinha? Um defeito que a gente tem, como a minha
cegueira, quando desencarnamos, ele continuará a existir? Por que umas pessoas
nascem de um jeito e outras de outro jeito? Eu posso encontrar as pessoas de
quem eu gosto, e as de quem eu não gosto, na minha próxima reencarnação? Como
vou saber isso? Quando a gente encontra dificuldades numa reencarnação é porque
não fomos bons na outra passada? O defeito que a gente tem, como a minha cegueira,
eu vou ter na próxima reencarnação?
Uuffaaa...,
quantas perguntas que o Alfredo fez num fôlego só, né mesmo?
Que tal vocês
mesmos responderem ao Alfredo?
Passado
algum tempo, depois que o Alfredo recebeu todas as respostas e que a Rita foi
explicando mais miuçadinho; Fred estava muito feliz com as respostas, porque
assim ele percebeu que Deus não o “castigava” com a deficiência visual; aquela
era uma oportunidade para aprender outras coisas, outras habilidades, e ele, como
Espírito, não era cego, existindo aquela limitação apenas no corpo físico.
Uma grande
esperança começou a nascer naquele coraçãozinho, fazendo Rita também muito
feliz.
- Sabe,
Rita, gostei desses ensinamentos do Espiritismo! Quando o Tio Jorge for lá em
casa poderei conversar com ele um pouco mais.
- Isso
mesmo, Alfredo. Tenho certeza que você aproveitará bastante! E também, quando
quiser, poderemos continuar nosso papo, pois há muita coisa na Doutrina
Espírita que você gostará de aprender!
Como
estivesse acabado o intervalo da aula, os dois, abraçados, seguiram cantarolando
para a sala de aula:
- Eu sei que
vou viver de lá pra cá, de cá pra lá ... Eu sei que vou viver, aprendendo sem
parar!
Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação
e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.
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