Alguém te disse, alma querida e boa,
Que os
Espíritos Nobres
Nunca se
valem de pessoa
Claramente
imperfeita
Em tarefas
de amor à Humanidade...
Por isso
mesmo o escrúpulo te invade
E, receando
a própria imperfeição,
Foges do
privilégio de servir
Em que o
Senhor te pede trabalhar
A fim de
conquistar
O Celeste
Porvir...
Reflitamos,
no entanto,
Entre
simples lições da Natureza:
A semente
germina em lauréis de esperança,
Muita vez
sob a lama asco rosa e indefesa;
A fonte não
seria exemplo de bondade
Em que a
vida enxameia,
Se recusasse
deslizar
Sobre tratos
de terra e lâminas de areia...
Olha as
flores do charco
Embalsamando
campos e caminhos,
A rosa não
desdenha florescer
Entre
punhais de espinhos...
Pensa ainda
conosco
Nas
fraquezas e lágrimas que levas.
O Sol seria
o Sol
Se fugisse
das trevas?
Esquece
pessimismo, acusação, censura,
Nada te
desanime, ergue-te e vem...
Conquanto
enferma e rude, mesmo assim,
Se te
encontras na sombra, avança para a luz,
Sem
desertar, porém, de servir com Jesus!
Vem cooperar
no amor que devemos ao mundo
E
entenderás, por fim,
Que só se
vence o mal pelo serviço ao Bem
E que a
bênção de Deus jamais nos desampara
Nem despreza
a ninguém.
Autora: Maria Dolores
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