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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A DESCOBERTA DE PAULA

Paula era uma menina da idade de vocês. Ela gostava de comer, brincar, pular, falar. Mas ela falava muito e muito alto, e só ela queria falar.

Paula não parava para escutar ninguém. Quando Alguém estava falando ela começava a falar junto.

A mamãe de Paula ensinava a filha que ela não podia ser assim, mas não adiantava. As crianças que moravam perto da casa de Paula não gostavam de brincar com ela, pois a menina chegava e não deixava ninguém falar; as crianças estavam acostumadas a brincar juntas , conversando, mas quando Paula chegava gritando e não deixando ninguém falar, todos se levantavam e a deixavam sozinha.

Um dia mamãe levou Paulinha ao cinema para ver "Chapeuzinho Vermelho", mas a menina ficou o tempo todo falando coisas assim:

- Olha lá mamãe! Olha lá!...

Ih! ... O que vai acontecer?

Já sei, já sei, já sei!

Ih!... Eu não quero ver o que vai acontecer agora!

E ela falava tanto que não deixava as pessoas escutarem o filme; e assim, todos que estavam sentados perto dela levantaram-se para procurar outros lugares.

Chegando em casa, mamãe disse à filha que não ficara contente com o comportamento dela no cinema e após Paulinha prometer não fazer mais aquilo a mamãe contou- lhe a história do filme, pois com a conversa ela não entendera nada.

Um dia, na escola de Paulinha, houve uma festa. A festa era de manhã para as crianças que estudavam de manhã e à tarde para as crianças que estudavam à tarde.

Pela manhã, mamãe levou Paula toda bonita para a festa; os palhaços iam fazer mágicas, brincadeiras da cadeira, corrida de saco, iam contar histórias e muitas outras coisas.

Quando os palhaços começaram a festa, Paula começou a gritar também, como estava acostumada a fazer. E gritava tanto que as outras crianças não estavam escutando os palhaços. O palhaço Furequinha pediu que ela ficasse quieta e como ela não parou de falar, a professora pegou Paula pela mão e levou-a para fora dali.

E falou que ela não poderia mais participar da festa, pois ela estava atrapalhando. E falou carinhosamente para a Paula, que enquanto ela ficasse na secretaria, ela poderia ir pensando que a gente tem uma boca só e dois ouvidos p'ra gente falar menos e ouvir mais...

Parecia que Paula não se aborrecera. Ficaria com as pessoas na Secretaria até a hora da mãe ir buscá-la.

Mas quando o tempo foi passando, passando, Paula começou a pensar como a festa deveria estar bonita. Ela gostava muito de palhaços e de mágicas.

E Paula começou a chorar, pediu para voltar à festa, pois não iria mais atrapalhar; iria ficar quietinha, OUVINDO, só responderia quando os palhaços perguntassem.

Só que a festa estava acabando..., e Paula não mais poderia participar dela; a Professora, então, disse que se ela prometesse realmente não atrapalhar, ela poderia voltar à tarde e participar da outra festa.

À tarde, Paula conseguiu ficar quieta durante a festa e se divertiu muito.

Pôde contar para a mamãe as histórias dos palhaços, as mágicas, as brincadeiras:

- Pois é, Mamãe, foi muito divertido, e sabe o que eu aprendi?

- O que filhota?

- Que se eu deixar as pessoas falarem, ouvindo tudinho, vou me divertir muito mais, pois aí dá para prestar atenção direito no que está acontecendo, e você não precisará mais me contar quando a gente chegar em casa."


Fonte: AME/JF – Texto e imagem: Internet Google.

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