Paula era
uma menina da idade de vocês. Ela gostava de comer, brincar, pular, falar. Mas
ela falava muito e muito alto, e só ela queria falar.
Paula não
parava para escutar ninguém. Quando Alguém estava falando ela começava a falar
junto.
A mamãe de
Paula ensinava a filha que ela não podia ser assim, mas não adiantava. As
crianças que moravam perto da casa de Paula não gostavam de brincar com ela,
pois a menina chegava e não deixava ninguém falar; as crianças estavam
acostumadas a brincar juntas , conversando, mas quando Paula chegava gritando e
não deixando ninguém falar, todos se levantavam e a deixavam sozinha.
Um dia mamãe
levou Paulinha ao cinema para ver "Chapeuzinho Vermelho", mas a
menina ficou o tempo todo falando coisas assim:
- Olha lá
mamãe! Olha lá!...
Ih! ... O
que vai acontecer?
Já sei, já
sei, já sei!
Ih!... Eu
não quero ver o que vai acontecer agora!
E ela falava
tanto que não deixava as pessoas escutarem o filme; e assim, todos que estavam sentados
perto dela levantaram-se para procurar outros lugares.
Chegando em
casa, mamãe disse à filha que não ficara contente com o comportamento dela no cinema
e após Paulinha prometer não fazer mais aquilo a mamãe contou- lhe a história
do filme, pois com a conversa ela não entendera nada.
Um dia, na
escola de Paulinha, houve uma festa. A festa era de manhã para as crianças que
estudavam de manhã e à tarde para as crianças que estudavam à tarde.
Pela manhã,
mamãe levou Paula toda bonita para a festa; os palhaços iam fazer mágicas,
brincadeiras da cadeira, corrida de saco, iam contar histórias e muitas outras
coisas.
Quando os
palhaços começaram a festa, Paula começou a gritar também, como estava acostumada
a fazer. E gritava tanto que as outras crianças não estavam escutando os
palhaços. O palhaço Furequinha pediu que ela ficasse quieta e como ela não
parou de falar, a professora pegou Paula pela mão e levou-a para fora dali.
E falou que
ela não poderia mais participar da festa, pois ela estava atrapalhando. E falou
carinhosamente para a Paula, que enquanto ela ficasse na secretaria, ela
poderia ir pensando que a gente tem uma boca só e dois ouvidos p'ra gente falar
menos e ouvir mais...
Parecia que
Paula não se aborrecera. Ficaria com as pessoas na Secretaria até a hora da mãe
ir buscá-la.
Mas quando o
tempo foi passando, passando, Paula começou a pensar como a festa deveria estar
bonita. Ela gostava muito de palhaços e de mágicas.
E Paula
começou a chorar, pediu para voltar à festa, pois não iria mais atrapalhar; iria
ficar quietinha, OUVINDO, só responderia quando os palhaços perguntassem.
Só que a
festa estava acabando..., e Paula não mais poderia participar dela; a
Professora, então, disse que se ela prometesse realmente não atrapalhar, ela poderia
voltar à tarde e participar da outra festa.
À tarde,
Paula conseguiu ficar quieta durante a festa e se divertiu muito.
Pôde contar
para a mamãe as histórias dos palhaços, as mágicas, as brincadeiras:
- Pois é,
Mamãe, foi muito divertido, e sabe o que eu aprendi?
- O que
filhota?
- Que se eu
deixar as pessoas falarem, ouvindo tudinho, vou me divertir muito mais, pois aí
dá para prestar atenção direito no que está acontecendo, e você não precisará
mais me contar quando a gente chegar em casa."
Fonte:
AME/JF – Texto e imagem: Internet Google.
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